Movimentos Sociais: Entenda o Que São e Seus Principais Objetivos

Movimentos sociais tratam-se de grupos da sociedade que são formados com o objetivo em comum, a fim de resolver um problema social, promover mudanças sociais e políticas na sociedade em questão.

Os participantes desses movimentos se unem a partir de uma característica ou pensamento em comum para promover mudanças específicas e de acordo com os anseios buscam lutar por alguma causa social.

Os movimentos sociais são de suma importância na formação de uma sociedade democrática, uma vez que tentam possibilitar a inserção de cada vez mais pessoas na sociedade de direitos.

A princípio, os primeiros movimentos sociais buscavam resolver os problemas de classes sociais e políticos, como a ampliação do direito ao voto e direitos trabalhistas.

Movimentos sociais
Os movimentos sociais são considerados importantíssimos para a formação de uma sociedade democrática

No entanto, hoje em dia, os movimentos sociais se baseiam, na maioria das vezes, em pautas identitárias, isto é, em pautas baseadas nos interesses e nas perspectivas de grupos sociais com os quais cidadãos se identificam, representando categorias como gênero, raça e orientação sexual.

Principais Características dos Movimentos Sociais

Os movimentos sociais possuem algumas características em comum para serem considerados como um movimento social de fato, de forma que busque organizar as formas de ação e garantir que as mudanças e alterações sejam conquistadas. São eles:

  • Organização de um projeto e ideologia em comum
  • Estrutura hierárquica que possibilita várias lideranças
  • Ações coletivas
  • Organização de passeatas, greves, denúncias e marchas
  • Manifestações que podem ou não ser pacíficas
  • Ideais revolucionários ou reformistas

Origem dos Movimentos Sociais

Os movimentos sociais, como os conhecemos hoje, surgiram no final do século XVIII e início do século XIX, com a ascensão da modernidade e a disseminação da ideia de que os indivíduos têm direitos e deveres como cidadãos. O movimento abolicionista, que lutou pela abolição da escravidão, é geralmente considerado o primeiro movimento social moderno.

Durante o século XIX, muitos outros movimentos sociais surgiram na Europa e nos Estados Unidos, incluindo o movimento sufragista, o movimento trabalhista e o movimento pela reforma social. Esses movimentos eram caracterizados por um desejo de mudança social significativa e eram frequentemente liderados por grupos de ativistas organizados.

No início do século XX, os movimentos sociais continuaram a se desenvolver e se espalhar em todo o mundo. O surgimento de tecnologias de comunicação mais avançadas, como o telefone, a televisão e a internet, tornou mais fácil para as pessoas se organizarem e se mobilizarem em torno de causas sociais.

Na década de 1960, um grande número de movimentos sociais emergiu nos Estados Unidos e em todo o mundo, incluindo o movimento pelos direitos civis, o movimento feminista, o movimento pelos direitos dos homossexuais e o movimento pela paz. Esses movimentos eram frequentemente liderados por jovens ativistas que procuravam mudar as normas sociais e políticas da época.

Desde então, muitos outros movimentos sociais surgiram, incluindo o movimento ambientalista, o movimento pela justiça racial, o movimento dos direitos dos imigrantes e o movimento anti-globalização. Embora cada movimento social tenha suas próprias demandas e objetivos específicos, todos compartilham uma preocupação em mudar as estruturas sociais e políticas existentes e em promover um mundo mais justo e igualitário.

Os Primeiros Movimentos Sociais

Os primeiros movimentos sociais podem ser rastreados ao longo da história humana. Alguns exemplos incluem:

  1. Movimento Abolicionista: O movimento abolicionista, que começou no final do século XVIII e continuou até o final do século XIX, lutou pela abolição da escravidão em todo o mundo. Este movimento foi liderado por pessoas como William Wilberforce na Grã-Bretanha e Harriet Tubman nos Estados Unidos.
  2. Movimento Sufragista: O movimento sufragista, que começou no final do século XIX e continuou até a primeira metade do século XX, lutou pelo direito das mulheres ao voto e outras formas de participação política. Este movimento foi liderado por mulheres como Susan B. Anthony e Elizabeth Cady Stanton nos Estados Unidos e Emmeline Pankhurst no Reino Unido.
  3. Movimento Trabalhista: O movimento trabalhista, que começou no início do século XIX, lutou pelos direitos dos trabalhadores e melhores condições de trabalho. Este movimento foi liderado por pessoas como Karl Marx, Friedrich Engels e Clara Zetkin na Europa e por líderes sindicais nos Estados Unidos.
  4. Movimento pelos Direitos Civis: O movimento pelos direitos civis, que começou no final dos anos 1950 e continuou até a década de 1960, lutou pelos direitos civis e políticos dos afro-americanos nos Estados Unidos. Este movimento foi liderado por pessoas como Martin Luther King Jr., Malcolm X e Rosa Parks.

Ao longo do tempo, muitos outros movimentos surgiram para lutar por direitos e mudanças sociais em várias áreas, como direitos LGBTQ+, meio ambiente, igualdade racial e de gênero, entre outros.

Como se forma um movimento social?

A formação de um movimento social é um processo complexo e pode variar dependendo do contexto social, cultural e político em que ocorre. No entanto, geralmente envolve alguns elementos-chave, como:

  1. Identificação de uma injustiça ou problema social: Um movimento social geralmente surge como resposta a uma injustiça percebida ou a um problema social que afeta um grande número de pessoas.
  2. Articulação de uma demanda ou reivindicação: O movimento social articula suas demandas e reivindicações, que podem variar de acordo com o problema em questão. Essas demandas geralmente visam a mudança social, como a criação de leis, políticas públicas ou a mudança de normas e valores culturais.
  3. Mobilização de pessoas: A mobilização é essencial para a formação de um movimento social. As pessoas se unem em torno de uma causa comum e procuram aumentar a visibilidade e a influência do movimento por meio de campanhas de conscientização, protestos, greves, petições e outros métodos de ação coletiva.
  4. Construção de uma rede de apoio: O movimento social também precisa construir uma rede de apoio, que pode incluir organizações da sociedade civil, grupos de defesa de direitos, sindicatos, partidos políticos e indivíduos engajados com a causa em questão.
  5. Desenvolvimento de lideranças e estratégias: O movimento social precisa de lideranças que possam articular as demandas e reivindicações do movimento e mobilizar as pessoas para a ação. Também é importante desenvolver estratégias para alcançar seus objetivos, incluindo a utilização de mídia, lobby, negociações, entre outros.
  6. Manutenção e consolidação do movimento: Uma vez formado, o movimento social precisa se manter e se consolidar, garantindo sua sustentabilidade e continuidade ao longo do tempo. Isso envolve a construção de uma base de apoio sólida, o fortalecimento das lideranças e a renovação da energia e comprometimento das pessoas envolvidas.

Exemplos de movimentos sociais

Dentre os principais exemplos de movimentos sociais, podemos citar nos Estados Unidos e na África do Sul, a revolta da população negra contra o sistema de segregação racial. As mulheres também se organizaram em coletivos para lutar por seus direitos, suas principais pautas eram a liberdade sexual e o tratamento igualitário entre os gêneros. A população LGBTQ+, na época muito mais excluída socialmente do que hoje, surgia também com o movimento do Orgulho Gay para reivindicar o direito de livre expressão e contra segregação.

Movimentos feministas

Alguns estudiosos associam o surgimento do movimento feminista com a Revolução Francesa (1789) e suas consequências. Dois anos após a revolução, onde foi escrita a “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão“, Olímpia de Gouges compôs a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, onde definia que as mulheres possuíam os mesmo direitos que os homens e, desta forma, poderia participar, direta ou indiretamente, da formulação das leis e bem como poderiam ser ativas na política em geral.

A declaração de Olímpia não foi aceita na Convenção de Direitos, e em novembro de 1793, ela foi executada na França, o que gerou revoltas pelo país e garantiu o surgimento de diversos movimentos feministas pelo mundo. Atualmente, a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã” é considerada um símbolo bastante representativo para o feminismo democrático e racionalista.

Ainda no século XIX, com as mudanças causadas pela Revolução Industrial, as mulheres foram obrigadas a trabalhar nas fábricas para ajudar no sustento da família. As condições de trabalho para os homens eram péssimas, e para as mulheres ainda piores, nessa época, nem as crianças escapavam dos abusos trabalhistas.

Isso provocou diversas rebeliões onde se exigiam melhores condições de trabalho, nesse contexto, o feminismo e a luta pela valorização da mulher começou a ganhar espaço. No final do século XIX, surge o primeiro movimento feminista entre mulheres brancas e de classe média que lutavam por direitos jurídicos e políticos, onde se reivindicavam o direito de voto, de trabalho, pela participação ativa no cenário político e econômico do país, direito à educação, ao contrato, direito à propriedade, ao divórcio, à igualdade de salário, etc.

Passeata do movimento feminista no brasil
Passeata do movimento feminista no Brasil

O feminismo teve três importantes fases, que marcaram a história da luta das mulheres por igualdade política, social e cultural, conhecidos como ondas. A primeira onda se caracterizou com a luta pela isonomia e pelo sufrágio (voto). A segunda onda buscava incentivar as mulheres a perceber os aspectos de suas vidas pessoais como profundamente politizados e como reflexo de estruturas de poder sexista.

E por fim, a terceira onda que perdura até os dias atuais, onde o movimento repensa as suas ações e aprofunda discussões já travadas nas gerações anteriores.

Movimentos antirracistas

movimento negro começou a surgir como resposta as violências do período escravocrata e as falhas da abolição da escravatura que não visavam a integração dos ex escravizados na sociedade. Apesar do movimento existir no mundo todo, com as devidas proporções, foi nas colônias europeias onde tomou mais força, principalmente na Africa do Sul e nos Estados Unidos, onde surgiram representantes como o Partido dos Panteras Negras, Martin Luther King, Malcolm X, Nelson Mandela, etc.

Clipe da cantora Beyoncé com diversas referências a luta antirracista americana

Black Lives Matter é um movimento ativista internacional, com origem na comunidade afro-americana, que campanha contra a violência direcionada às pessoas negras. Ganhou grande destaque no ano de 2020 com a morte de George Floyd, assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio, estrangulado por um policial branco, que ajoelhou em seu pescoço durante uma abordagem por supostamente usar uma nota falsificada de vinte dólares em um supermercado.

Foi considerada uma abordagem com força excessiva da qual a morte de Floyd poderia ter sido evitada. O movimento foi criado em 2013 e aderido por cidadãos do mundo inteiro em 2016.

Movimentos ambientalistas

São movimentos de defesa do meio ambiente, sua principal preocupação é reivindicar medidas de proteção ambiental, uma ampla mudança nos hábitos mundiais e valores da sociedade de modo a estabelecer uma vida sustentável e evitar um colapso mundial.

Leonardo DiCaprio é um dos principais nomes na luta ambientalista

Surgiu de preocupações no final do século XIX acerca da proteção do campo na Europa e do deserto nos Estados Unidos e as consequências para a saúde da poluição durante a Revolução Industrial, com o tempo, as preocupações se dissiparam pelo globo e iniciaram questões como a qualidade do ar e da água, preservação de flora e fauna, aquecimento global, mudanças climáticas, etc. Podemos citar com principais organizações ambientalistas, o GreenPeace, o World Wildlife Fund, o Environmental Defense Fund, etc.

Movimento LGBTQ+

Em 28 de junho de 1969, uma das mais importantes rebeliões civis da história aconteceu no bar gay Stonewall Inn, nos Estados Unidos. Naquela época, ser homossexual não era mais considerado crime, no entanto a população LGBTQ+ ainda era perseguida.

O bar, era alvo constante de batidas policiais, mas no dia 28 em específico, os frequentadores do Stonewall Inn enfrentam a força policial em um episódio que serviu de base para o Movimento LGBTQ+ em todo o mundo.

Foto histórica do movimento lgbtq+ na época da revolta em stonewall inn
Foto histórica do movimento LGBTQ+ na época da revolta em Stonewall Inn

Por conta desse acontecimento, o mês de junho é considerado até hoje como o mês do orgulho LGBTQ+. O movimento defende a igualdade social para as pessoas LGBTQ+, fim da homofobia e transfobia e inclusão de pessoas LGBTQ+ na sociedade como um todo (oportunidade de trabalho, aceitação social, etc).

Movimentos sociais no Brasil

No Brasil um dos maiores exemplos de movimentos sociais existentes são o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, conhecido como Movimento dos Sem-Terra). Ambos os movimentos defendem e lutam pela reforma agrária eficiente no Brasil, de forma que terras improdutivas sejam doadas a famílias sem terras que possam produzir para seu autos sustento. Ele surgiu oficialmente em 1984, dentro do Encontro Nacional de Trabalhadores Sem Terra, no Paraná.

Movimento dos trabalhadores rurais sem terra

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surgiu em 1984, durante a Ditadura Militar. Em 1984 o Brasil estava em processo de abertura para a redemocratização do país, possibilitando o surgimento de diversos emergência de movimentos sociais. Apesar da luta pela reforma agrária ser antiga, foi nesse ano que a população defensora se juntou e organizou como um movimento social. Os principais objetivos do MST são:

  • Luta pela terra
  • Luta pela Reforma Agrária
  • Luta por mudanças sociais no país

A mobilização do MST se dá por meio de marchas e ocupações. As ocupações consistem em acampamentos em de propriedades de terra em situação irregular/ilegal/inutilizada. Os membros do movimento instalam acampamento como forma de exercer pressão pela desapropriação daquela propriedade, nesses acampamentos é desenvolvida a pratica da agricultura familiar.

Quando a terra é reconhecida pelo Governo como irregular, ela é concedida àquelas pessoas que ali estão vivendo e produzindo, então, essas pessoas ganham os direitos sob a terra. Atualmente, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra se encontra em 24 estados brasileiros, é composto por mais de 350 mil famílias, possui mais de 2 mil escolas públicas em seus acampamentos e é responsável pela maior produção de arroz orgânico da América Latina.

Feira do mst produzida com agricultura familiar do movimento social
Feira do MST produzida com agricultura familiar do movimento social

Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Brasil

Guilherme boulos
Guilherme Boulos na Universidade Columbia em 2015 (fonte: Wikipédia)

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Brasil (MTST) foi criado no final dos anos 1990, reunindo “trabalhadores, trabalhadores informais, subempregados e desempregados, que como milhões de brasileiros não têm acesso à moradia digna, mas vivem em aluguéis, em áreas de risco ou situações de insegurança urbana, localizada principalmente nas periferias urbanas do Brasil”. Agora um ator ativo na política urbana do Brasil, o MTST organizou muitas das manifestações de rua que agitaram a sociedade brasileira e sua dinâmica organizacional oferece uma visão única dos debates políticos do país.

É importante ressaltar que esse movimento apresenta diferenças significativas em relação aos movimentos por moradia surgidos na década de 1980. Embora o MTST tenha sido inicialmente vinculado ao Movimento dos Sem-Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto foi fundado durante a Marcha Nacional dos Povos de 1997, quando militantes do movimento sem-terra engajaram-se na ocupação urbana do Parque Oziel, em Campinas, no estado de São Paulo. A primeira ocupação do MTST, batizada de Anita Garibaldi, foi organizada cinco anos depois em Guarulhos.

Desde essa ocupação, o movimento social organizou pelo menos, mais 10 grandes ocupações nas regiões de São Paulo e Campinas, incluindo os acampamentos:

  • Chico Mendes (Taboão da Serra, 2005);
  • João Candido (Itapecerica da Serra, 2007);
  • Frei Tito (Campinas, 2007);
  • Jesus Silverio (Embu das Artes, 2008);
  • Zumbi dos Palmares (Sumaré, 2008);
  • Dandara (Hortolândia e Santo André simultaneamente, 2011);
  • Novo Pinheirinhos (Santo André e Embu das Artes, 2012).

Em junho de 2013, o Brasil vivenciou um intenso processo de protestos populares nas ruas, marcando o fim de um longo período de desmobilização popular ligada a mudanças políticas neoliberais. Não por acaso, o MTST tem se mostrado cada vez mais atuante, em confronto quase diário com as incorporadoras privadas, o mercado imobiliário e o Estado. Além das frequentes manifestações de rua, entre junho de 2013 e agosto de 2014, as ocupações de terrenos e prédios abandonados e ociosos do MTST aumentaram exponencialmente em São Paulo e outras regiões metropolitanas. O professor universitário e ativista Guilherme Boulos é um dos principais nomes ligados ao MTST atualmente.

O Uso da Tecnologia nas Causas Sociais

A tecnologia moderna e seus avanços são uma das principais armas de movimentos sociais. Desde a distribuição de panfletos e fanzines até o advento das redes sociais, a tecnologia tem sido a principal aliada na luta por direitos igualitários e a derrubada de tiranos. A tecnologia permite que os movimentos sociais alcancem um público maior, comuniquem-se mais rapidamente e coordenem ações com mais eficiência. Isso ajuda a fortalecer esses movimentos e aumentar a probabilidade de que suas demandas sejam atendidas.

  1. Comunicação: A tecnologia permite que as pessoas se comuniquem e compartilhem informações instantaneamente. Isso é especialmente importante para os movimentos sociais, pois ajuda a divulgar informações sobre as causas, eventos e manifestações que estão acontecendo.
  2. Organização e mobilização: A tecnologia também ajuda os movimentos sociais a se organizarem e se mobilizarem. Por exemplo, as redes sociais e aplicativos de mensagem permitem que os ativistas se comuniquem rapidamente, coordenem ações e convocar manifestações.
  3. Ampliação do alcance: Com a tecnologia, os movimentos sociais podem alcançar um público maior e mais diverso. Através das redes sociais, vídeos e mensagens viralizam rapidamente, alcançando pessoas em todo o mundo.
  4. Transparência e prestação de contas: A tecnologia também ajuda a aumentar a transparência e a prestação de contas dos governos e outras instituições. Os ativistas podem usar a tecnologia para documentar abusos, violações de direitos humanos e corrupção, e compartilhar essas informações amplamente para chamar a atenção para essas questões.

Alguns exemplos de como a tecnologia foi usada para auxiliar movimentos sociais em diferentes momentos históricos:

  1. Movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos (década de 1960): O movimento pelos direitos civis usou a televisão e o rádio para divulgar suas mensagens e mobilizar pessoas em todo o país. Em 1963, a Marcha sobre Washington foi transmitida ao vivo pela televisão e atraiu a atenção nacional para as demandas dos ativistas pelos direitos civis.
  2. Revolução de 1986 nas Filipinas: Durante a Revolução de 1986 nas Filipinas, os ativistas usaram estações de rádio piratas para transmitir informações e coordenar ações. Essas estações de rádio foram usadas para divulgar mensagens de protesto e organizar comícios, ajudando a mobilizar as pessoas contra o governo autoritário do presidente Ferdinand Marcos.
  3. Primavera Árabe (2010-2012): Durante a Primavera Árabe, os ativistas usaram as redes sociais, como o Facebook e o Twitter, para divulgar informações e mobilizar pessoas em todo o mundo. Em 2011, as manifestações populares no Egito foram organizadas em grande parte pelas redes sociais, o que levou à queda do presidente Hosni Mubarak.

No entanto, a tecnologia também pode ser usada pelos governos e outros atores para conter os movimentos sociais. Algumas medidas tomadas pelas forças de oposição incluem a Censura, onde os governos podem bloquear sites e conteúdos online relacionados a movimentos sociais para limitar a disseminação de informações e restringir a mobilização. Vigilância online e monitoramento das comunicações online para identificar líderes e ativistas dos movimentos sociais e rastrear suas ações.

Restrição de acesso à tecnologia, que podem limitar o acesso à internet ou a outras tecnologias de comunicação para impedir a mobilização de movimentos sociais. Essa tecnologia também pode ser usada contra os movimentos sociais. Aqui estão alguns exemplos históricos de como a tecnologia foi usada para reprimir os movimentos sociais:

  1. Vigilância: Os governos e outras instituições usam a tecnologia para monitorar ativistas e movimentos sociais. Por exemplo, durante a Guerra Fria, o FBI (polícia federal dos Estados Unidos) usou a tecnologia para espionar e monitorar ativistas dos direitos civis e outros movimentos sociais.
  2. Censura: Os governos e outras instituições também podem usar a tecnologia para censurar informações relacionadas a movimentos sociais. Por exemplo, durante a Primavera Árabe, o governo egípcio bloqueou o acesso à internet e a redes sociais para impedir a mobilização dos ativistas.
  3. Identificação e repressão de líderes: A tecnologia também pode ser usada para identificar líderes e ativistas dos movimentos sociais, que podem ser presos, torturados ou mortos. Por exemplo, durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), o governo usou escutas telefônicas e fotografias para espionar e identificar líderes de movimentos sociais, que foram perseguidos, presos e torturados.
  4. Desinformação: A tecnologia também pode ser usada para disseminar desinformação e difamar movimentos sociais. Por exemplo, durante a luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, grupos racistas usaram a tecnologia para disseminar mensagens de ódio e desinformação sobre os ativistas e seus movimentos.

FAQ Rápido

O que são movimentos sociais?

Movimentos sociais tratam-se de grupos da sociedade que são formados com o objetivo em comum, a fim de promover mudanças sociais e políticas na sociedade em questão

O que caracteriza movimentos sociais?

Organização de um projeto e ideologia em comum; estrutura hierárquica que possibilita várias lideranças; ações coletivas; organização de passeatas, greves, denúncias e marchas; manifestações que podem ou não ser pacíficas; ideais revolucionários ou reformistas.

O que defende o movimento feminista?

Equidade entre os gêneros e fim da violência de gênero

O que defendem os movimentos antirracistas?

Fim do racismo e da violência contra pessoas racializadas

O que defende o movimento ambientalista?

Manutenção dos recursos naturais do planeta e diminuição da poluição

O que defende o movimento LGBTQ+?

O movimento defende a igualdade social para as pessoas LGBTQ+, fim da homofobia e transfobia e inclusão de pessoas LGBTQ+ na sociedade como um todo (oportunidade de trabalho, aceitação social, etc).

Pelo que Luta o MST?

Luta pela terra; luta pela reforma agrária; luta por mudanças sociais

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